Dois meses de isolamento social

Estamos “comemorando” hoje dois meses de isolamento social.
Neste período tivemos que sair raríssimas vezes de casa, uma delas irei explicar mais abaixo.
Na data de hoje Indaiatuba conta com 106 casos confirmados de covid-19. Desses 106 casos, 86 estão curados e 11 vieram a óbito.
Apesar das regras determinadas pelo Governo do Estado, aqui na cidade a maioria das pessoas parece não se importar com o contágio, ou não acreditar na potencialidade do vírus. Muitos comércios abertos, incluindo não essenciais, mesmo que os cliente não possam entrar nas lojas, fazendo fila do lado de fora, ou seja, se aglomerando, alguns mantendo a distância segura, outros sequer usando máscara, como agora é obrigatório.
No meio disso tudo vimos nossa renda cair para zero. Como profissionais autônomos, cujos atendimentos presenciais foram proibidos pelo Governo do Estado, nenhum cliente pagou nos meses de março, abril e maio. O pouco de reserva que temos, estamos usando com extrema cautela e parcimônia.
No meio disso tudo vimos o colégio onde nosso filho estuda, com sua mensalidade de R$ 1.300, se recusar a dar descontos e não cogitar EAD como opção, nem que para isso as crianças tivessem que ficar horas a mais na escola quando as aulas presenciais voltarem, incluindo finais de semana. Foi adiantadas as férias de julho para abril (todas as escolas fizeram isso), e depois decidiram adiantar as férias de dezembro/janeiro para maio. Pior do que isso era o silêncio da escola, que sequer disponibilizava canais eficientes de comunicação, ou até um simples vídeo dos professores mandando recados carinhosos para os alunos: simplesmente instalou-se um silêncio ensurdecedor.
Preocupados não só com a questão financeira, mas também pedagógica e psicológica de nosso filho, tomamos a arriscada decisão de mudá-lo de escola bem no meio dessa pandemia louca!
A escola que escolhemos, além de ser menos da metade do preço da antiga escola, voltou das férias adiantadas de julho direto com EAD, além de disponibilizar vários canais de atendimento aos pais, inclusive presencial, mediante marcação de horário, uso de máscara e higienização.
Esta mudança foi tão positiva, mas tão positiva, que merece um post especialmente para ela! Não tenho palavras para descrever o quanto nosso filho está feliz e se sentindo produtivo neste momento!
No próximo post discorrerei sobre a importância do acolhimento psicológico da escola neste momento, que é tão ou mais importante do que o pedagógico.
Fique em casa!
Se tiver que sair, proteja-se!