E lá se foram três meses…

Parece difícil de acreditar que já estamos há 3 meses em isolamento social. Às vezes parece que já faz mil anos!
Os casos na cidade onde eu moro (Indaiatuba) só têm aumentado, as mortes idem, um verdadeiro caos. E é bem no meio disso tudo que o Governador e o Prefeito decidiram sucumbir à pressão de empresários e reabrir o comércio. Bom, reabrir é modo de dizer, pois aqui em Indaiatuba, tirando escolas, alguns escritórios e restaurantes, praticamente tudo estava aberto, só mudando a aglomeração de dentro das lojas para as calçadas. Nem todos têm usado máscaras, embora agora seja Lei em todo o Território, ou então usam de forma errada, mas quem segura o ser humano que tem necessidade de saracotear por aí, sem acreditar na gravidade deste vírus, desta pandemia?
Os que ontem choravam e berravam aos quatro cantos que estavam morrendo de fome, ressuscitaram para comprar “bruzinhas” no primeiro dia de reabertura do comércio. O povo quer é sair, badalar, farrear, se divertir. O problema não era deixar de trabalhar, era deixar de ir pra balada, pro bar, pros rolês, pras lojas, comprar o que não precisa, mas porque precisa gastar.
Em contra partida o número de assintomáticos aumentou drasticamente. Muita gente contaminando outras sem saber, e na maioria das vezes jamais saberá. Teve o caso de um importante empresário da cidade, que achou que estava com uma gripe mais forte, quando testou positivo para covid-19, resolveu testar o resto da família, e adivinha? Todos estavam infectados, assintomáticos. Assim como teve o caso da repórter, que estava fazendo uma reportagem ao vivo sobre os testes rápidos, fez o seu, e adivinha? CONTAMINADA! “Mas eu tomei todos os cuidados!”. Não adianta, as pessoas ainda não entenderam que os médicos e cientistas ainda não dominaram por completo o mecanismo deste vírus, e ele está mutando muito e rápido.
Enquanto isso as mulherada está doida pra despachar os filhos pras escolas criarem, sob o pretexto de terem que voltar a trabalhar. A verdade é que estão enlouquecidas com as crianças em cima delas nestes últimos meses. Querem atenção, não aceitam “não”, ficam entediados facilmente, e o tormento só será resolvido quando elas voltarem a ser problema da escola, e não da família. Aliás, estudar dá trabalho. Tomar conta da criança no EAD dá trabalho. Você fala uma coisa mil vezes e a criança parece que está em outro mundo. Agora as mães sabem o que os professores passam todos os dias, mas continuam empurrando com a barriga, e largando a criança para que a escola que se vire e resolva problemas comportamentais. E se repetir de ano, a culpa é da escola!
E como ficará na volta, se um quiser trocar de máscara com o amiguinho? E se no bullying alguém levar uma cusparada contaminada na cara? Como ficará a responsabilidade da escola em manter crianças afastadas, sem poderem se tocar, trocar brinquedos e materiais? E se algum deles for contaminado, ficar assintomático, contaminar uma família inteira e por ventura algum parente morrer? Quem será responsável e punido? Mas isso não importa: a escola que se vire, a escola que dê um jeito.
Estamos todos cansados, estressados, preocupados, com medo. A prova maior disso é que tudo agora virou motivo de briga física e verbal, protestos com aglomerações que já extrapolaram as carreatas e ganharam marchas à pé pelas ruas, com direito a depredações e pancadarias. Velhos tempos… Parece que voltamos aos anos 80.
Vamos filmar! Vamos brigar! Vamos fugir para ver girassóis!
A humanidade está louca, perdeu faz tempo sua sanidade.