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Tem dias que eu tô bloggers daí aparece uns bleggers e eu fico blum mesmo!

Sobrevivendo aos 6 meses




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No começo deste mês meu filho completou 6 meses. Passou rápido, mas ao mesmo tempo parece que faz mil anos. Sim, porque ele completou 6 meses, e eu completei 200 anos.

O que vou escrever agora, ninguém tem coragem de dizer em voz alta. Mas acredite, toda mãe pensa e sente, nem que seja uma única minúscula vez na vida. Só que ninguém conversa sobre isso, porque tem medo de ser julgado. Medo de ser apontada como uma péssima mãe. Mas quando encontro uma amiga minha, que também é mãe, e vejo aquele olhar – AQUELE OLHAR – quando diz para mim: “Não é fácil, né Fabi?”, eu percebo que estamos todas no mesmo barco, e que mesmo que nesse olhar esteja implícito, todas nós sabemos o que passamos e o que sentimos quando decidimos ser mães. Mas eu não tenho medo de ser julgada, mesmo porque, fazem isso comigo o tempo todo, não importa o que eu faça, sempre vai ter alguém pra atirar pedras. Então, pretendo com este post ajudar você, que ainda não é mãe, mas pretende ser, e você, que é mãe e precisa saber que você não está sozinha!

Primeiro de tudo, você precisa saber: o choro do bebê é o som mais irritante do mundo. E não é porque eu estou dizendo, não. É porque vários estudos já foram feitos e todos apontam o mesmo resultado. Leia mais sobre isso aqui: http://www.virgula.uol.com.br/inacreditavel/estudo-comprova-choro-de-bebes-e-o-som-mais-irritante-do-mundo

Então prepare-se, porque você irá escutá-lo MUITO, mas MUITO MESMO ao longo da sua vida, até você não aguentar mais. Eu costumo dizer que a gente não sabe de verdade o que é sentir DESESPERO, até se tornar mãe. Sim, porque os bebês choram por TUDO. Tudo MESMO. Choram porque acordaram, choram porque estão com sono, choram porque estão com fome, choram porque estão satisfeitos, choram porque querem arrotar, choram porque estão com a fralda suja, choram nem sabem o porquê – e esse, amiga, é o pior choro que tem! Porque se nem o bebê sabe por que ele está chorando, imagina você! Aí vem o maior trabalho quando se é mãe: tentar descobrir o que o bebê quer, quando nem ele mesmo sabe o que quer. Você vai fazer de tudo: trocá-lo, alimentá-lo, dar todos os remédios que conhece e até os que não conhece, mas que leu em algum fórum na internet, cantar, dançar, levar pra passear… E quando nada mais surtir efeito, você vai gritar, vai querer quebrar tudo o que vê pela frente e INEVITAVELMENTE irá pensar, mesmo que por um milésimo de segundo: onde foi que eu fui amarrar meu bode? Nesse momento, a maternidade irá parecer – veja bem, eu disse PARECER – um castigo. Sim, você vai sentir que é. E depois, você vai sentir remorso por ter pensado isso, porque na verdade seu filho é o maior presente que Deus poderia te dar. Mais do que dinheiro, mais do que um marido perfeito, mais do que o melhor trabalho do mundo. Nada se compara à carregar por quase 10 meses esse ser tão especial dentro de você, passar o cão na hora do parto, e depois ser responsável pela vida dele. Sim, porque mesmo quando os filhos crescem e saem de casa, você nunca deixará de ser MÃE.

Mas aquele momento de desespero, do choro incessante, de não saber o que fazer, da vontade de jogar a tolha e sumir no mundo… Acredite: todas nós passamos por isso. Não se sinta mal, nem se julgue mal por sentir isso. Acima de tudo você AMA seu filho. Você quer o melhor para ele. Mas você é humana, não é de ferro, e juntando tudo o que você precisa fazer e mais criar um filho, não tem jeito: uma hora você vai precisar extravasar esse estress. E não acredite quando escuta outra mãe dizendo que o filho dela não dá trabalho nenhum, viu? Porque TODO filho dá trabalho SIM. Se não deu quando era recém-nascido, vai dar na fase da papinha, ou vai dar na fase dos dentinhos, na fase de andar, na fase da escola… Então não se sinta mal se alguém te conta uma mentira dessas, pois é só pra disfarçar o próprio desespero e contar banca.

O importante é que você, e apenas você, encontre um jeito de lidar com isso, sem afetar o vínculo que você tem com seu filho. Existem os momentos de estress, mas também existem os momentos de puro carinho, de brincadeiras, risadas… E quando ele olha pra você e sorri, ou quando ele começa a entender e reconhecer que você é a mãe dele… Nossa, seu coração cresce tanto, que você esquecerá de todo o chororô, de todos os escândalos e birras. Quando ele começar a fazer carinho em você, te abraçar, ainda bebezinho, tudo vai valer a pena. Até ele começar a chorar de novo, sem parar… Aí você vai enlouquecer e mil coisas virão à sua cabeça novamente! Aí, um segundo depois ele para de chorar, e começa a gargalhar. Sem nenhuma explicação as coisas vão de um a um milhão e vice versa, em questão de segundos. E novamente você sai daquele momento de estress.

E assim você vai sobrevivendo dia a dia, mês a mês… E quando vê, outros 6 meses se passaram, e ele estará com um ano. E aí você vai olhar para aquele pedacinho de você e verá como ele é forte, inteligente, sadio e feliz graças a você, e a todo o seu empenho em cria-lo com todo amor e carinho do mundo.

Ser mãe é viver eternamente nessa gangorra de emoções, de sentimentos adversos. Você passará a dar mais valor à sua mãe também. Não é fácil. E alguém achou que seria? Mas que poderia ser menos estressante… Aaaaaaah, poderia!!!!

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