Sofia e o gato nadador

A vida é mesmo estranha e complexa, até mesmo no mundo animal.
Existem gatos que se dão super bem com cachorros (e vice-versa), contrariando as Leis da Natureza.
É o caso da minha filha de pelos Rebeca, de 12 anos e 3 meses.
Quando era filhote, apanhou de um gato. E desde então faz amizade com os que permitem que ela chegue perto, adora brincar de esconde-esconde e por aí vai.
Já a sua filha Sofia, de quase 9 aninhos, é totalmente o oposto. Já deitou e rolou com vários gatos. Sempre apanha e sai machucada. Mas nunca desiste de tentar pegá-los.
Onde moramos tem muitos gatos soltos, de rua. E eles, espaçosos que só, donos de todo o mundo, vivem passeando belos e formosos de um lado pro outro, dormem em cima dos nossos carros, ou em qualquer canto que achem confortável. Mas para Sofia isso é um prato cheio, e por diversas vezes ela encurralou os coitadinhos, que por pouco não viraram snack.
Aconteceu no final de semana passado, que Sofia ficou cerca de 10 minutos encarando um gato que estava em cima do abacateiro. Nada a fazia piscar, nada a fazia desviar o olhar. Como já estava na hora da janta, toca o “pai” sair de lanterna na mão para buscar a pequerrucha. Eis que nesse momento, o gato resolve pular do abacateiro, e inicia-se uma voraz perseguição. Sofia não é muito boa da cabeça, mas pelo jeito o amiguinho felino era pior do que ela, e não se sabe como, o coitado caiu na piscina.
Não entendemos até agora como que Sofia não pulou atrás dele, pois ela adora se atirar na piscina para pegar a bolinha, o fato é que o bichano ficou se afogando na borda, arranhando a cara da Sofia, cada vez que ela tentava dar-lhe uma bela dentada.
E lá foi o “pai” com a redinha da piscina tentar resgatar o felpudo, mas não havia Cristo que o convencesse a sair de lá, com a monstra esperando a oportunidade para jantar-lhe.
A coisa só melhorou quando a “avó” surgiu para afastar a sedenta cachorra da borda, toda molhada das patadas do gato, e só assim o maluco sentiu-se seguro para agarrar na redinha e aceitar o socorro.
Fugiu feito um louco – e com razão! – e esperamos que pense duas vezes antes de voltar ao território de Sofia.
Ah, você deve estar se perguntando onde eu estava nessa história toda, não é mesmo? Bom… Eu estava na cozinha, fazendo um sanduiche, não ouvi nada do que estava acontecendo e tudo que contei aqui, contaram pra mim também.
Tá bom pra você?
Olha a cara da malandra:

Dorme com um barulho desses!!!